sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Pensante.Vibrante.Inconstante.

Como explicar a súbita vontade de chorar num dia ensolarado como esse? Como entender o vazio no peito e a dor que se sente apesar do aconchego materno e do beijo apaixonado que se recebe? É como uma onda de angústia e desespero que aparece, me consome por minutos que parecem horas ou horas que parecem uma eternidade. Não tenho a intenção de promover reflexões e muito menos de causar um reboliço no cérebro de ninguém. Se pergunto é porque honestamente não sei. Tento concentrar-me nos momentos de alegria, mesmo quando esses se apresentam cada vez mais escassos em meus pensamentos. Os mesmos que se recusam a me mostrar cenas de paz.

“Tá” muito pesado pra você, né? Mas, calma! Uma hora tudo isso passa. O vazio vai sumindo, o desespero se torna quase calmaria. A tensão desaparece. Tomo meu café como se nada daquilo um dia houvesse acontecido e escovo os cabelos com a tranquilidade e preguiça de quem acabou de acordar. Mal se percebe as marcas, as feridas do dia anterior. Talvez se olhasse bem perto dos olhos e concentrasse no inchaço em volta deles. Mas até isso é camuflado pela maquiagem tão usada em dias como esses.

Tamanha é a inconstância dos meus sentimentos, que chego a pensar que não há palavra melhor pra mim. A Mandala que me define são olhos chorosos acompanhados de gargalhas inscritos em um círculo de formas geométricas. Tão lindo por fora, tão complexo por dentro. Fico me perguntando se todo essa loucura interna tem alguma explicação concreta e, por isso, o início desse desabafo. Mas não. São só as minhas paranoias castigando o meu corpo. Eu lutando contra mim mesma.