terça-feira, 26 de março de 2013

Parque Doutor Fernando Costa Água Branca,o seu “fugere urbem” dentro de SP.



 Existem dias que a cidade te deixa saturado. A falta de contato com a natureza faz da atenção à respiração,olhar e espírito meras banalidades.É por isso que eu preciso dividir minha descoberta de hoje. Imagine um espaço de 160 mil m² dedicados ao lazer, ao descanso, à diversidade, à cultura e ao meio ambiente. Um lugar onde é possível exercitar a reflexão, o contato com o eu interior, combinar a paz de uma harmônica arquitetura rural com diversas atrações, como o Museu Geológico (um centro de referência em geociência), o Áquario Água Branca (que expõe algumas espécies mais significativas da piscicultura no Brasil) e a Casa do Caboclo (uma construção feita de barro úmido socado e de ripas entrecruzadas, a taipa de sopapo).

O que também chamou minha atenção é a preocupação em relação aos idosos. Lá dentro existe o Espaço da Melhor Idade, que no momento que eu passava (terça-feira,por volta de umas 15 hrs),rolava um baile cheio de senhores enxutos e dançarinos, uma ótima dica para a sua avó, que já está dando boa-noite pro William Bonner.Além disso, existe uma área totalmente reservada para atividades físicas, a Praça do Idoso.

O Parque Água Branca, foi fundado em 1929 e fica situado no bairro de Perdizes, sua entrada principal fica na Av. Francisco Matarazzo. Agora seguem algumas das fotos que fiz, espero que se encantem e não usem essas imagens para fins comerciais, :D.Ah!Quem se interessar em ir,me chama!Mó brisa!

                                                                       Fernando Costa.


                                                                                ...


                                                                       Equinos.

                                                                     
                                                                          Bonito.



Instituto da Melhor Idade.


Torre maneira.


                                                                       Lago Preto.



Casa do Caboclo.


Museu Geológico.


Poético.


Sopa de letrinhas.


Um verde só pra você.


Espaço de Leitura.


Praça do Idoso.


Fundo Social de Solidariedade de SP.


Patrimônio do Estado.


Like Veneza quase.


João Hidalgo (Perdidos).




quinta-feira, 21 de março de 2013

Terra da Garoa: Manual Básico de Sobrevivência IV - Compras

Lá está você, num belo final de semana, com aquele convite de aniversário do seu amigo Fulano. E, na sua cabeça, aparecem aquelas típicas dúvidas: “o que dar de presente para Fulano?” e “O que usar na festa descolada do Fulano?”. O problema é que todas as lojas do universo parecem estar espalhadas por Sampa e você não tem ideia de onde procurar. Você está, mais uma vez, Perdido na Cidade da Garoa. Mas calma! Nesse Manual, você encontra dicas pra quem quer comprar algo barato, fashion, cultural, antigo, pechinchado e até usado (mas em ótimas condições). Como “quem procura, acha”, por que é que você não procura seu outfit e/ou presente nessas opções do Manual?

Compras baratas: Rua 25 de Março
Seu bolso tá mais vazio que Avenida Santo Amaro à noite nas férias de Julho? A Rua 25 de Março (a famosa “25”) é seu lugar. Lá você pode encontrar qualquer coisa – de bijouterias a fantasias dos anos 70; de imitações de iPhone a DVDs piratas; de calças jeans a material escolar. O mais legal da 25 é que você pode tentar pechinchar, levar “5 por 4”, pagar seis e o sétimo sair de graça, procurar imitações muito boas e ainda dar risada dos bordões dos vendedores (“moça bonita não paga, mas também não leva” e “vamos gastar o dinheiro do marido, minha gente!”). Tudo, claro, com precauções básicas: para evitar furtos, tente levar só o necessário (dinheiro, celular etc.) e evite levar bolsas. É bom também ir de roupa e sapatos confortáveis. NUNCA, JAMAIS vá à 25 em véspera de festas (Natal, páscoa, Carnaval...), porque fica mais lotado que a estação da Sé às 18h30.


Compras fashion: Galeria do Rock
Famosa pelos tipos estranhos, pelas lojas descoladas, pelas camisetas originais e pelas lojas de música, a Galeria do Rock é o lugar certo para você que quer comprar algo especial e diferente. O prédio de quatro andares, localizado no coração de São Paulo (rua Vinte e Quatro de Maio, 62), foi construído nos anos 1960 e revitalizado nos anos 1990. Ou seja: além de lojas top, você ainda faz um turismo básico por um dos prédios históricos de SP. Na Galeria, vale a pena ficar pelo menos duas horas, subindo e descendo e olhando as 450 lojas uma por uma (são muito interessantes e dá vontade de comprar tudo!). Na saída, não esqueça de tomar um suco na Nova Galeria.



Compras caras/divas/rycas: Oscar Freire
Sabe aquela sensação de estar em um filme de Hollywood? Pois é assim mesmo que a gente se sente andando pela rua Oscar Freire, nos Jardins, eleita uma das oito ruas mais luxuosas do mundo. Em poucos quarteirões, ela reúne algumas das grifes mais famosas e caras, como Diesel, Shoulder, La Perla, Le Lis Blanc, Tommy Hilfiger, Forum, Osklen, Camper, H. Stern, Ellus, entre outras chiquesas. O mais legal da Oscar Freire é que, em cada quarteirão, existe um mapinha com a lista das principais lojas do lugar. Vale a pena visitar a loja da Havaianas, que é gigantesca e tem milhares de opções (isso sem falar das beldades e dos gatões que passeiam por lá todos os dias com seus carrões...).


Compras culturais: Avenida Paulista e Liberdade
Você quer comprar livros, CDs, filmes, posteres? A Paulista é seu lugar. Deixando de lado o fato de que a Avenida é o coração comercial e noturno de São Paulo (afinal, este é um manual de compras), vamos falar de livrarias: além da Cultura do Conjunto Nacional, que é monstruosamente gigante e linda (e ainda conta com aquela lojinha super fofa, a Geek Etc), na Paulista e arredores você encontra a Martins Fontes e vários sebos (quer lugar mais interessante que sebos?).
Agora, se sua busca é por mangás e quadrinhos, está na hora de visitar o bairro da Liberdade, cuja influência cultural japonesa pode ser sentida nas ruas com luminárias típicas e na Feira do Bairro da Liberdade, que acontece na Praça da Liberdade e rua Galvão Bueno todos os domingos, e onde encontram-se diversos artigos típicos da cultura oriental e japonesa. Ah! Se quiser, dê uma passadinha na Ikesaki, loja de cosméticos que é super em conta.



Compras de Antiguidades: feirinha do MASP e Benedito Calixto
Sabe aqueles gramofones gigantes? Ou aqueles rádios do tamanho de uma mesa de jantar? Ou aquelas máquinas fotográficas analógicas lindas? Pois é: na feirinha do MASP (Museu de Arte de São Paulo), que acontece todo domingo, embaixo do Museu, você encontra tudo isso e muitos outros objetos que contam histórias. 
Na Praça Benedito Calixto (Pinheiros), acontece todo sábado a Feira de Artes, Cultura e Lazer da Praça. Lá, você pode encontrar armações legais de óculos, vestidos, bijouterias, toca-discos, telefones de discar, máquinas de escrever, Polaroids e revistas, livros e jornais antigos. Sendo um ponto de encontro cultural, geralmente uma banda toca músicas que combinam com o fim de tarde, e há muita comida e bebida variadas - isso sem falar dos bares com cerveja geladinha.



Compras de usados: Brechós
Esqueça o preconceito: os brechós mais legais de Sampa estão repletos de tesouros esperando para serem encontrados. Com sorte, você pode arrebatar um par Prada, Gucci ou até Manolo Blahnik por pouco mais de R$100, uma bolsa Louis Vuitton por R$200, ou até calças jeans Diesel por menos de R$50 – quem procura, acha. Aqui vai uma lista dos brechós mais top:
  • Trash Chic (Rua Capitão Prudente, 223 )
  • Juisi by Licquor (Alameda Tietê, 43, Lojas 6 e 8)
  • B Luxo Vintage (Rua Augusta, 2633, Loja 18)
  • Minha Avó Tinha (Rua Franco da Rocha, 74 ou Rua Itapicuru, 760 )
  • Passado Presente (Rua Augusta, 2690, Loja 16)
  • Breshop (Rua Gaivota, 1290, Moema)

É isso, queridos consumistas. Espero que vocês não fiquem mais Perdidos, pelo menos nesse quesito! Até o próximo Manual.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Só por hoje

Vai pra casa..não quero ter que pegar o metrô lotado...melhor agora do que mais tarde,vai chover mais forte,tá frio,de qualquer forma você vai ter que encarar...puta, a paulista ta lotada, pra variar. Ainda não comprei o bilhete..Caramba! Olha essa fila!!Vou ter que esperar..Não vai rolar,cara...vou voltar pra facul, enrolar até o metrô esvaziar um pouco...Quero ir pra minha casa, Vitória. Aqui não é minha casa. Quero meu pai,minha mãe,meu quarto.Quero poder andar a pé. Quero sol,quero praia. Puta saudade de tudo. Meu sonho agora era um teletransporte...Já imaginou? Noooossa, quem dera!...Só por hoje, por favor, me dá uma carona no teu teletransporte...
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Quando aquele cara falou que pra viver em São Paulo a gente tinha que ter um objetivo claro na cabeça, ele tava super certo. Mas será que só isso adianta? E o resto? E a grana??? Tem que ser rico pra ser feliz aqui... Só de não ter que pegar o transporte público tava bom, eu acho..Mas e o curso de teatro que eu quero fazer? E o alemão? Academia?? O ap?? putss!
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Será que o metrô já esvaziou uma hora dessas?..Tá frio..Por enquanto tá tranquilo aqui..Que demora.. Que será que houve? Se demorar mais cinco minutos pego um táxi...Aleluia!!! Tá abafado demais aqui...Tá apertado..Quero chorar...Aguenta. Engole..
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Tá difícil pra respirar. Quero chorar. Se eu estivesse em Vitória pedia pro papai me buscar..Vou sair daqui, chega!! Preciso achar um táxi..será que tá livre? Por favor, chegue rápido, que não tenha tanto trânsito, nem adianta perguntar o melhor caminho moço, eu não sei!!! Quero chorar..Só tenho treze reais...Já deram doze. Se der treze eu desço em qualquer lugar e vou andando, eu pergunto qualquer coisa. Deu treze reais...O quê? Será que ele tá falando sério? Vai me levar por treze mesmo? Eu juro que vai ser só hoje..
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Como assim cheguei no meu destino? Onde é isso aqui? Pra eu descer? Quero chorar..Vou chorar...Calma, respira, desce do táxi, anda, tá perto...é logo ali...eu não tô vendo..calma, qualquer coisa tu pergunta. Nem acredito que cheguei em casa... Em casa? Pera ae, aqui não é minha casa. Eu só quero chorar. Por hoje, só me deixe chorar quietinha..não vou fazer barulho,eu prometo. Mas por favor, só por hoje, me deixa chorar.


Joana Borges (Perdidos)


quinta-feira, 14 de março de 2013

A noite paulistana


Muitos reclamam que a noite em São Paulo não tem graça. Com tantas luzes artificiais, as estrelas perdem o seu brilho e fumaça embaça o céu...
Não posso deixar de concordar que o céu limpo e estrelado do interior é fascinante, mas em São Paulo a noite ganha uma nova cara, um novo significado. 
A cidade não para, mas dá uma pausa na loucura diária para descansar e se preparar para mais aventuras no dia seguinte. É mágico “escutar” o silêncio em vários pontos da cidade e a agitação em outros. A noite paulistana é misteriosa, perigosa, revigorante... Para quem acorda cedo, é um piscar de olhos! Para mim é também a melhor parte do dia... 

Daniela Rial (Perdidos)

terça-feira, 12 de março de 2013

Voltei a sonhar

   Desde que me conheço por gente, sempre critiquei o sistema educacional brasileiro. Lembro-me das noites intermináveis de domingo estudando para a prova de química de segunda-feira e o quanto me frustrava. Para mim era inconcebível estudar horas e horas para algo que eu jamais consegui enxergar, nem aos 14 e muito menos agora, aos 18. Quantas vezes já não escutei dos “amantes da tabela periódica” aquela típica frase : “A química está em tudo” ou mesmo “O ser humano é a prova viva de que a química existe”. Tá, tá, chega, JÁ OUVI!
   Aos 15 anos, quando os mais comuns elementos químico me foram apresentados, tive certeza de que me rebelaria. Lutaria contra tudo e todos e acabria de vez com esse fracassado sistema que me obrigava a estudar para uma matéria da qual nada entendia. NADA. 
  Os anos foram passando e, finalmente, aos 16, me vi livre da "tal da química". Fui pra longe, num lugarzinho chamado “Gross Reken”, onde as pessoas, enfim, pareciam “falar a minha língua”(por mais bizarro que isso possa parecer já que essa é uma vila situada na Renânia do Norte, Alemanha). Pude, depois de anos de rebeldia e pouca luta, escolher as matérias que iria estudar, e química, definitivamente, não era uma delas. Ai como era bom...
   Me apaixonei pela minha “vida alemã”,pela primavera, pelo outono..e por tudo que dela fazia parte. Eu sonhava em viajar, dar a volta ao mundo, começando pela Europa. No meu primeiro mês já sonhava com o meu próximo intercâmbio, a próxima língua que eu aprenderia, para onde viajaria. Costumava dizer que eu fui, durante um ano, eternamente apaixonada. E como a maioria dos intercambistas que conheci, apaixonada pela vida de intercambista.
   Aos 17 voltei do paraíso e caí de paraquedas na vida real. Química, física, matemática 1, matemática 2, 3, 4! CHEGA! CHEGA! CHEGA! Um ano de estudo, de preparo, de stress acompanhado de frustração,choro,raiva. Por um ano inteiro, vivi no que chamo de “automático”.  Pra mim que sempre odiei a rotina, não tinha nada pior do que aquilo que eu vivia. VESTIBULAR. Tenho a impressão de que quem inventou esse método nunca passou por um.
   Chegaram os 18. Os tão esperados 18. Sem entrar no mérito dos “rocks” (como dizem no ES) ou das “baladas” (SP), a questão é que fui pra faculdade. Vim pra Sampa e, mais uma vez ( e desta vez pra nunca mais ver na vida) dei adeus pra química.
   Há um mês estudante de jornalismo, voltei a me apaixonar. Voltei a sonhar. Se hoje me perguntarem porque eu estudo, sem hesitar, direi que é porque gosto. Gosto do que eu faço. E me orgulho do que faço. Hoje sou feliz ( e digo hoje no sentido literal da palavra e não como alguém que diz pensando na vida atual) porque acordei sabendo que faria algo o qual faço bem, porque saí as 19:40 da biblioteca da faculdade por livre e espontânea vontade e, no metrô ainda lotado, pensei no meu próximo texto pro blog. Se sou feliz hoje é porque me sinto bem comigo mesma e gosto do meu próprio “eu”. Porque voltei a ter ambição e estar de olhos fechados, pra mim, não é mais pré-requisito pra sonhar.

Joana Borges (Perdidos)


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segunda-feira, 11 de março de 2013

Sonho de um meio-dia de verão

Você está parada no farol, esperando aquele homenzinho verde dar o ar de sua graça. É meio-dia na Paulista e os carros passam, rindo da sua pedrestês. Do outro lado da rua, seu ônibus acaba de passar. Você suspira.


 – Boa tarde. Você tá bem?

Você ergue os olhos e encontra outros olhos erguidos para você. Você agarra a bolsa, instintivamente, e olha para trás. Será que esse cara vai te assaltar? Será uma pegadinha?

 – É... tô...  – os carros continuam rindo. Os olhos sorriem também.

É um rapaz. Vinte, vinte e cinco, no máximo. Entre todos os carros e pessoas e vendedores e helicópteros e relógios e ônibus e outros polissíndetos, ele parou para perguntar como você estava. É isso que surpreende. Porque, você percebe, faz muito tempo que ninguém para pra perguntar como você está. Bom, perguntam, mas depois querem te vender alguma coisa. Ou te assaltar. Ou pedir para que você passe o telefone para a sua mãe.

A verdade é que, em São Paulo, é difícil alguém reparar em você. Sampa, a cidade que não dorme, a cidade que há muito tempo não garoa sua garoa, não dá a mínima pra você. E você sabe disso. Daí seu medo instintivo. Daí sua dúvida. Faz tanto tempo que estamos sozinhos, faz tanto tempo que estamos juntos...

 – Legal.  – o moço sorri  – toma cuidado, tá muito sol.

Ele se vira e vai embora. E você fica olhando enquanto ele se afasta, como num filme em câmera lenta. O vento brinca com seus cabelos.

E os carros da Paulista continuam rindo.

Helô Pereira (Perdidos)

Rir é o melhor remédio

Ficou preso no metrô das 18h? Seu busão tá tão lotado que você teve que abraçar uma velhinha a viagem inteira? Furtaram sua carteira, celular e tripas? Não aguenta mais comer Subway?

Relaxa que tem gente no mesmo barco: http://www.facebook.com/saopaulodepre


por Helô Pereira (Perdidos)

E se fosse verdade?

Aos 18 anos, blogueira ganha fama internacional
por Joana Borges, 11/03/2013

Joana Borges, brasileira nascida em Vitória, Espírito Santo e estudante do primeiro ano de jornalismo, há três meses moradora da cidade de São Paulo, acaba de receber mais de 500 millhões de acessos em seu blog recém criado "Perdidosemsp.blogspot.com". Dentre os visitantes, é surpreendente o número de acessos internacionais, advindos principalmente da Alemanha,Estados Unidos e Canadá. "São mais de milhares de visitas diárias, fora comentários de jovens estrangeiros interessados na minha experiência e de alguns dos meus colegas na "Terra da Garoa"- afirma a blogueira,orgulhosa da fama que o "Perdidosemsp" conquistou no Brasil e além de suas fronteiras geográficas.
O blog conta com um aplicativo feito pela própria Joana que possibilita a leitura dos textos também nas línguas inglesa e alemã, sem que haja grande perda da essência dos escritos e adequando-se ao seu público internacional. Possui ainda um acervo de mais de sessenta publicações de autoria variada.
A escritora, Joana, admite não ter imaginado a amplitude e o sucesso que sua ingênua criação teria e revela que o objetivo inicial do "Perdidos" (como ela mesma denomina o blog) era simplesmente desabafar e incentivar que outros assim o fizessem. Perdidosemsp diferencia-se dos blogs comuns por não pertencer unicamente à sua criadora. Este tem a característica de ser aberto para quem nele quiser escrever e dividir com o público suas experiências de vida na gigante Pauliceia. "Não criei o blog para ser meu, qualquer perdido tem espaço aqui".- esclarece Joana.
Ao ser indagada sobre a ideia de criar o blog, a jovem escritora foi firme ao pronunciar que teria gostado muito, em suas primeiras semanas, de ter lido histórias de pessoas que tivessem passado pela mesma situação em que ela se encontrou ao sair de sua cidade natal para estudar em São Paulo. Segundo ela, "as pessoas se sentem mais confortáveis ao encontrar semelhantes e isso as encoraja a prosseguir em sua caminhada e não fraquejar".
Além de fazer crescer o blog, a jovem Joana Borges admite ter outras ambições. Sonha em ser atriz de novelas, em escrever livros e virar uma correspondente internacional de sucesso. Apaixonada por diferentes culturas e idiomas, a estudante, que morou um ano na Alemanha, já possui cinco línguas estrangeiras em seu currículo e afirma querer aprender muitas outras. "Amo viajar, conhecer gente de outras partes do mundo e novos lugares. Me sinto mais completa cada vez que volto de uma viagem. Por mim, moraria um tempo em cada cidade do planeta."
Por fim, a jovem blogueira acrescenta: " O Perdidosemsp me rendeu algum destaque na mídia mas continuo sendo uma garota comum, só um pouco menos perdida."

domingo, 10 de março de 2013

Home Sweet Home


Cheguei num fim habitual de sexta aqui em casa.Acho que é exatamente disso que a gente sente falta no lar,do caráter habitual,de um aconchego natural que é mais gostoso que tantos outros planejados.Engraçado depois de um tempo longe,na labuta de SP,chegar num lugar onde tudo conspira a seus gostos,onde ficar quietinho é exercício involuntário e mesmo não sendo anos de ausência,seus cachorros fazerem a mais calorosa recepção que um ser humano poderia receber.

Encontrar os amigos que cresceram com você e ver o rumo que cada um está tomando,poder se desvincular de papos engajados,falar bobagem,dividir o ócio,sair a noite sem se preocupar com o horário do fim do transporte público.Esses são alguns benefícios de ter seu cantinho no interior.Outra coisa que me instiga é ver as pessoas que estão passando pelas mesmas coisas que eu recentemente passei,saber exatamente o que elas estão sentindo,me confortar com a realização que elas terão ao superar esse desafio do vestibular e perceber que o tamanho dos obstáculos são aferidos com o momento de cada um.

O que mais aperta são os laços fincados,uma amizade,um amor que não seguiu o mesmo ritmo que você.Existe uma grande diferença entre banalizá-los e naturalizá-los.Quando você torna algo banal você esquece,aliena,já quando você enxerga essa oposição,a atenta e a encara respeitosamente em sua ordem natural,com a lembrança positiva e com a certeza que essas relações seguirão dentro das possibilidades com muita admiração,a noção de lidar com os fatos com maturidade nos é alcançada.
Estou muito feliz com o sabor das minhas experiências e o blog está ajudando muito na reflexão de todas elas.Espero que vocês estejam integrados com nossos textos.Agora tem almoço de domingo,deixa eu ir.

João Hidalgo (Perdidos)

sábado, 9 de março de 2013

Terra da Garoa – manual básico de sobrevivência III: baladas



Então, finalmente chega a sexta-feira e você tem duas opções: ficar em casa assistindo “O cão e a raposa” ou ir àquele mesmo bar de sempre. Certo? Não! Neste Manual, você encontra dicas de baladas: baladas diferentes, baladas top, baladas GLS, baladas divertidíssimas, baladas alternativas, baladas calmas, enfim, baladas para todos os gostos. Divirta-se!

Balada top: Caribbean Disco Club
Essa é demais. Com dois andares bem grandes e atrações como caras vestidos de Jack Sparrow distribuindo tequila, vale a pena. A fila é grande, mas vale a pena, porque as festas em geral não são tão caras: mulheres pagam R$30 e os homens pagam R$70 (sem consumação). O problema mesmo é o bar, que é carinho. Mas, pra quem gosta de ficar “calibrado”, basta comprar uma garrafa de sei-lá-o-que com não-sei-quê-lá das vendedoras ambulantes na rua.
Contato: caribbeandiscoclub.com.br


Balada diferente: Estúdio Emme
No coração da “Vila Madá” (Vila Madalena, lar dos barzinhos, para os Perdidos mais perdidos), o Estúdio Emme tem festas para todos os gostos: festas com espuma, com neon, bailes de máscaras, festas dos Orixás, festa do santo forte, pancadão, sambões, hip-hop etc, etc. O bom: não é muito caro! Dá para entrar e beber.
Contato: www.facebook.com/EstudioEmme


Balada alternativa: Beco
Há quem diga que “o Beco é vida”. É verdade: o número 203 da Augusta toca música indie-rock, anos 50, 60, 70, 80, rock e pop-rock; tem máquina de fotos, postes de pole dance, videogames tipo fliperama e muita gente doida. Dica: cada drink tem o nome de um artista. Então tá esperando o quê pra pedir sua  Entre eles, o Cindy Lauper (cointreau, vodca e sucos de limão e cranberry)?
O melhor de tudo é o preço: R$35 ou R$25 com nome na lista. #vemgente


“Balada” calma: Republican Pub
Ok, ok, Pub não é balada (pra quem não sabe, “Pub” é tipo um bar inglês). Mas esse Pub em especial, localizado na Vila Madalena, é muito animado. Lá, eles tocam pop-rock a noite inteira, mas o pessoal cai na pista pra dançar. A cerveja é geladinha (R$8) e, nos fundos, tem uma mesa de sinuca. Ah! E você entra no bar por uma cabine de Telephone. Não é o máximo?
 

Balada GLS: Clube Glória
O Clube Glória é muito divo. Sério. Localizado numa antiga igreja (sim) e todo ambientado tipo anos 80, sua proposta, desde quando foi criado em 2006, é oferecer a seus frequentadores música de qualidade. E oferece mesmo! Por lá, já passaram diversos Djs famosos.O Glória, como é conhecido, tem várias festas dedicadas aos GLS, como a  famosa “Vai!”, às sextas(nem preciso dizer que o glamour é completo nessas noites!). Os preços variam de R$10 a R$100.
Contato: www.clubegloria.com


Balada divertidíssima: Glow In The Dark
A Glow é uma festa que acontece, geralmente, no Cine Joia, na Liberdade. Segundo a página no Facebook: “Luz negra, canetas fluorescentes, tinta neon e muito indie-rock. Todo mês, em São Paulo!”. Sim, é isso mesmo que você está pensando: eles distribuem tintas neon e você fica livra para se pintar ou pintar os outros! O legal é que, pra incentivar a “pintação”, a Glow dá descontinho pra quem for de branco (um branco que não seja sua roupa favorita, porque vai manchar). Vale a pena!
Contato: www.facebook.com/BrilhaNoEscuro


É isso aí, Perdidos. Semana que vem, tem mais Manual!

Helô Pereira (Perdidos)


quinta-feira, 7 de março de 2013

Sampa


Sou estudante de jornalismo, e quando fui convidada por uma colega minha para escrever para o blog hesitei um pouco, pois não sabia se fazia sentido, uma vez que sou paulistana da gema. Mas aí parei para pensar e percebi que assim como Caetano,eu me sinto chegando todos os dias a Sampa e nada entendendo.
Afinal, como entender os dias quentes e ao mesmo tempo frios, quando a temperatura varia como no deserto? E as chuvas então?Como se acostumar com a garoa fina que dá apelido a nossa cidade?Ou então aos temporais, que a paralisam, com quilômetros de congestionamentos? Difícil entender como as pessoas em São Paulo são competitivas,mas ao mesmo tempo solidárias.  E mais difícil ainda entender o porquê de existirem restaurantes chineses em bairros italianos, restaurantes mexicanos em bairros japoneses e restaurantes japoneses em todos os bairros possíveis.Todavia,a mágica dessa cidade se dá na disponibilidade de serviços que ela proporciona.As pessoas se preocupam menos em não serem contraditórias e o resultado é uma miscelânea de alternativas.

Essa é São Paulo contraditória, um caos,cheia de informações ,pessoas ,histórias. É a capital do consumo no Brasil, mas também a capital da cultura, arte, gastronomia. Múltipla, diferente, apaixonante. De fato, mesmo tendo nascido em Sampa e aqui vivido minha vida toda, nada sei sobre ela. Uma cidade que se transforma a cada dia. Democrática,permite que você se encontre seja qual for sua escolha, classe ou tribo.
Acima de tudo, São Paulo me desafia e me estigma.Por isso,acordar todos os dias e me dirigir ao mesmo endereço nunca se torna um tédio, pois sempre encontro no caminho novas pessoas ,paisagens e percepções. Sinto-me uma turista em minha própria cidade natal. Fui percebendo que serei eternamente uma perdida por São Paulo, e isso só a torna mais apaixonante e única.

Gabriella Migotto.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Terra da Garoa – manual básico de sobrevivência II: furtos


Você está andando tranquilamente por Sampa. Pegou um ônibus (porque leu o último “Manual” e aprendeu direitinho!), desceu uma rua, entrou numa lojinha, visitou uma livraria, comprou uma coisinha ali, tomou um sorvetinho aqui, resolve postar alguma coisa no Facebook... e o celular não está no seu bolso. Você olha em volta, em pânico, mas não há ninguém prestando atenção em você. Parabéns, você sofreu seu primeiro furto. Os furtos – roubos que acontecem sem a pessoa perceber – são muitíssimo comuns em SP: segundo a Folha De S. Paulo, ao menos 12 pessoas são furtadas todos os dias, só em transportes públicos. Entre os itens mais cobiçados pelos “gaiatos” estão celulares, carteiras, Bilhetes Únicos, iPods e qualquer outro objeto esquecido no bolso de trás do jeans. Acostumados, os paulistas de carteirinha acabaram desenvolvendo um jeito próprio de andar e se proteger desse tipo de violência. E aqui vão algumas dicas para ajudá-los a se prevenir:
* Fique alerta. Parece conselho de mãe, mas é verdade: os furtos acabam acontecendo quando você está conversando, dormindo no ônibus, sentado lendo, viajando... quem rouba sabe a hora de certa.
* NUNCA coloque celulares, carteiras e outros objetos de valor em bolsinhos da mochila, em bolsos largos, como os de moletons, ou nos bolsos de trás da calça. Você pode achar que ninguém vai deixar um estranho mexer na sua mochila, mas a verdade é que ninguém dá a mínima (aliás, o povo até agradece de ter sido você no lugar deles. E ninguém quer se arriscar, de qualquer forma.)
* Tente não chamar atenção. Isso inclui evitar andar com seu iPhone 8, seus fones mega-coloridos, seu tablet gigante e seus óculos Ray-Ban à mostra. Contenha-se!
* Sempre que entrar num ônibus, metrô ou outros lugares lotados, tente levar a mochila/bolsa abraçada na frente. Parece coisa de avó cansada, mas nenhum ladrão vai ter a cara de pau de furtar uma pessoa que está vendo o furto acontecer (… pelo menos, eu acho que não)
* Não fique mexendo na bolsa/mochila no meio da rua. Isso só facilita o furto, porque o ladrão consegue ver exatamente onde está sua carteira. Também evite tagarelar no celular enquanto anda por aí.
* Qualquer movimento estranho é suspeito. Se tem um cara te seguindo na rua, ou perto demais no ônibus, ou se você sente que alguma coisa não está no lugar, fique atento.
* Se você, mesmo depois dessas dicas maravilhosas, ainda for furtado, conforme-se. É quase impossível que a polícia consiga recuperar os objetos roubados ou até prender o ladrão. Se, mesmo assim, você quiser tentar, vá até uma Delegacia de Polícia e faça um Boletim de Ocorrência – o famoso “B.O.”. E fique tranquilo: como eu já disse, você não é o primeiro, nem vai ser o último, a ser roubado em São Paulo.

Uau, esse post foi um pouquinho depressivo... mas, por mais triste e revoltante que seja essa realidade, os furtos estão cada vez mais presentes na nossa querida Terra da Garoa, e precisamos aprender a lidar com eles também. Promessa da autora: o próximo “Manual” vai ser mais light!

Helô Pereira

sexta-feira, 1 de março de 2013

Dica para os amantes da natureza

São Paulo não descansa nunca. Estresse por aqui é muito comum... Afinal, chegar em casa durante o horário de pico às vezes parece uma missão impossível: o ônibus não chega nunca, o trânsito é infernal e o metro, bem... Se você conseguir saltar na estação certa entre tanta gente que não vai descer, mas insiste em ficar na porta, já se sente feliz.
É quase impossível não se estressar no dia a dia desta cidade.
Mas, felizmente, para tudo há solução! E até em São Paulo é possível se desligar da tomada e ter um encontro com a natureza.

Se você mora perto da Zona Norte e gosta da sombra das árvores, uma boa dica de passeio é o Parque Estadual Horto Florestal.

Lá é possível fazer exercícios físicos, piqueniques, beber água potável fresquinha em bicas e até mesmo visitar o Museu florestal. O parque abriga uma imensa variedade de fauna e flora!

Recomendo o parque por ser louca por natureza e frequentá-lo desde de pequena! Lá não me sinto perdida!
Link com mais informações:
http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/192-horto-florestal

(Daniela Rial - Perdidos)