Nunca me senti tão feliz em estar perdido.Jogado no meio do
novo,da expectativa,da experiência primária.Entrei de cabeça e não demorou
muito pra eu perceber que de nada tinha controle.A cidade de São Paulo é um
baita de um organismo.Um organismo vinculado a um tempo tão especifico,que
basta pouca noção do que ele representa para estar nele inserido.Uma das coisas
que me indago bastante é:Pra onde foi todo aquele sono?No interior o dia
costumava ter tantas lacunas que tal sono me dominava.Incorporei uma vontade de
fazer algo útil antes não conhecida,um desejo que é realizado na produção de
coisas não necessariamente grandiosas,mas que preenchem completamente meu
cotidiano.A troca vivencial acaba sendo
tão grande que não há como não sentir uma totalidade inundando minha alma.
Confesso que esperava uma mudança de ritmo,só que uma
mudança tão brusca capaz de me colocar imerso tão rapidamente, não passaria
mesmo por idéias de quem nunca havia vivenciado isso.Uma inegável comprovação
de que o homem é feito do meio que está inserido,que apesar de todas raízes,
quando em nova atmosfera sempre fica suscetível a mutação.
O que eu gosto mais é de ver que nem de longe estou sozinho
nessa.Pensava que divisão seria pouca por aqui.Estava errado.Por enquanto só
encontrei gente no mesmo barco do que eu,que junto de mim foram perguntar a
quem já viajou nesse barco o tamanho do desafio que seria estar nele
embarcado.Perguntar,dividir,conhecer.Que exercício exuberante para curiosos comunicadores
do agora e do daqui a pouco.Até logo!
João Hidalgo(perdidos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário